Uma dentista foi assaltada e agredida na Orla de Salvador, especificamente no trecho de Amaralina, durante a manhã do último sábado. O crime ocorreu por volta das 6h30, enquanto ela praticava exercícios físicos na companhia de uma amiga. A vítima e sua amiga foram abordadas por dois indivíduos perto de um ponto de aluguel de bicicletas municipal. Segundo o relato da dentista, um dos suspeitos, aparentando ter no máximo 20 anos, a atingiu com um soco no rosto durante a abordagem, provocando sua queda. Na sequência, o agressor continuou a agredi-la, arrancando uma corrente que ela usava e tentando retirar seu relógio, causando ferimentos em suas mãos.
“Perdi o equilíbrio e segurei a camisa dele para não bater a cabeça no chão. Ele deve ter imaginado que eu reagi, e ele caiu junto comigo no chão, e continuou me dando um soco”, detalhou a vítima.
Durante a tentativa de fuga dos suspeitos, a vítima sofreu mais agressões, incluindo chutes nas pernas, enquanto sua amiga tentava protegê-la. De acordo com o relato, outras pessoas presentes no local não intervieram.
“O comparsa dele só ficou olhando. Havia cinco pessoas no ponto de ônibus e nenhuma das cinco fez nada. A orla super cheia, super movimentada. E, ao ir embora, fugir, né? Ele me deu mais dois chutes nas pernas”, relatou.
Posteriormente, a dentista encontrou uma equipe da Polícia Militar (PM), da 13ª Companhia Independente (CIPM) da Pituba, e relatou o ocorrido. Um policial, segundo a vítima, teria comentado sobre a frequência desse tipo de assalto na região e colheu informações sobre os suspeitos e o ocorrido, mas não houve ação imediata.
“Quando a gente estava voltando, estava passando, acho que era da 13 [Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM)], da Pituba. Parei eles e falei ‘olha, acabei de ser assaltada ali, me bateram e tal’. Aí, o policial que estava no carona falou assim ‘assalto desse tipo aqui está tendo todos os dias’. Aí, ele me perguntou as características dos rapazes, eu falei, e, me perguntou para onde eles fugiram, eles me perguntaram também o que é que eles tinham levado, eu falei o que tinha levado, e a polícia não fez nada, só pegou meu telefone e disse que se encontrasse mandaria uma mensagem”, detalhou a dentista.
Após o roubo, a dentista teve que cancelar a inauguração de seu novo consultório na Avenida Anita Garibaldi, pois precisou passar o dia em uma unidade de saúde para exames devido aos ferimentos sofridos, especialmente no rosto.
Em resposta ao ocorrido, a PM informou que após ser acionada, realizou buscas na região com base nas características dos suspeitos fornecidas pela vítima, porém nenhum suspeito foi encontrado.