Na última sexta-feira (5), a 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro decidiu prender o ex-policial Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018, por tráfico internacional de armas. Ele foi condenado a 4 anos e 8 meses de reclusão. Lessa foi indiciado pelo Ministério Público Federal pela importação de 16 peças de fuzil AR-15, apreendidas pela Receita Federal em fevereiro de 2017, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
As peças, conhecidas como “quebra-chamas”, foram enviadas de Hong Kong e tinham como destinatário a Academia Supernova, de Lessa e da esposa, Elaine Pereira Figueiredo Lessa. Elaine também foi denunciada, mas foi absolvida. Os acessórios são utilizados para apaziguar o clarão provocado nos disparos de armas de fogo, escondendo a posição do atirador.
O advogado de Lessa afirmou que o acessório seria usado como “freios de boca” para reduzir o movimento das armas no momento do disparo. Entretanto, a Justiça julgou que o material se “destina a dificultar a identificação da origem dos disparos de fuzis AR-15, ordinariamente empregados por organizações criminosas que controlam vastos territórios da cidade do Rio de Janeiro”.