No dia 28/04, um crime violento ocorreu em um restaurante em Camocim, Ceará, onde o vereador César Veras, de 51 anos, foi morto degolado por um garçom identificado como Antônio Charlan Rocha Souza. Durante o mesmo ataque, outras três pessoas foram esfaqueadas. O delegado Eduardo Rocha, encarregado da investigação, relatou que a motivação por trás do crime foi o assédio moral sofrido por Charlan no ambiente de trabalho.
Antônio Charlan, sem antecedentes criminais e conhecido por sua natureza pacata e religiosa, escolheu suas vítimas com base na proximidade delas com seu empregador, Euclides Oliveira Neto, que também foi esfaqueado e é o proprietário do restaurante. Segundo o delegado, Veras, que não tinha qualquer conexão direta com o garçom, estava no local simplesmente por ser um cliente frequente, assim como as outras vítimas atacadas.
Investigações adicionais no celular de Charlan não revelaram quaisquer indícios de crime premeditado ou conexões políticas. Porém, foi descoberto que ele havia realizado pesquisas sobre assédio moral no trabalho. Em seu depoimento, Charlan mencionou que a ideia de cometer o crime surgiu espontaneamente quando viu uma faca enquanto bebia água no restaurante.
A defesa do acusado solicitou um exame para verificar a presença de insanidade mental, embora o delegado afirme que Charlan tinha consciência de seus atos no momento do crime. Ele está atualmente detido preventivamente no presídio de Sobral, aguardando os procedimentos legais subsequentes.