Nesta quinta-feira (17), a Polícia Federal (PF) intensificou as ações da operação Lesa Pátria, focando nos suspeitos de financiamento dos atos golpistas realizados em 8 de janeiro. Em uma ampla operação distribuída por vários estados, a PF executou 16 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva.
Os mandados foram distribuídos entre Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia e o Distrito Federal. A ação contou com a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Até o momento, 80% dos alvos de prisão preventiva já foram capturados, abrangendo 2 indivíduos no Distrito Federal, 2 em Goiás, 2 em Santa Catarina, 1 na Paraíba e 1 no Paraná. A identidade dos envolvidos permanece sob sigilo, seguindo procedimentos de investigação.
Entretanto, fontes da TV Globo revelaram a prisão do pastor Dirlei Paiz, residente em Blumenau (SC). Imagens em redes sociais evidenciam o pastor em companhia de Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, em eventos com clamores por “intervenção federal”.
Segundo a PF, o grupo investigado na atual etapa da operação é apontado como influenciador do movimento violento intitulado “Festa da Selma” – terminologia codificada empregada pelos golpistas para designar os atos terroristas. As convocações para a “Festa da Selma”, conforme relatórios da PF, eram feitas com objetivo de coordenar e organizar transportes para invasões, divulgando coordenadas precisas e instruções específicas.
A linguagem utilizada pelos supostos conspiradores, de acordo com a Polícia Federal, era explícita em sua natureza violenta e insurrecional. Frases como “preparar-se para enfrentar a polícia”, “ocupar o Congresso” e “derrubar o governo constituído” eram frequentemente empregadas.
O termo “Festa da Selma” foi destaque em uma reportagem do Fantástico, transmitido em 15 de janeiro, onde foi revelado que o codinome era usado amplamente em mensagens trocadas por grupos golpistas.
A operação Lesa Pátria ilustra o esforço contínuo da Polícia Federal e das autoridades judiciais para garantir a integridade e a segurança do sistema democrático brasileiro.
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