Bahia ganha destaque na atualizada ‘lista suja do trabalho escravo’

14 novos empregadores baianos incluídos na lista de condições análogas à escravidão

Após atualização divulgada nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Bahia registra 14 novos empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à de escravidão. O estado agora se iguala ao Piauí como líder da região Nordeste, ocupando o 4º lugar no ranking nacional.

A importância da ‘Lista Suja’

O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou, nesta terça-feira, 10, a atualização da Lista Suja do Trabalho Escravo, principal instrumento de políticas públicas para o combate ao trabalho em condições análogas à escravidão. Com 204 novos nomes, esta é a maior atualização da lista na história. As informações são do Portal ChicoSabeTudo.

Novos números: Bahia e Piauí em foco

Com a nova atualização, a Bahia se iguala ao Piauí, com ambos os estados em 4º lugar no território nacional, atrás de Pará, São Paulo e Minas Gerais. Na região Nordeste, a Bahia e o Piauí ficaram à frente de estados como Maranhão, Ceará e Pernambuco.

Detalhes da Bahia

De acordo com o MTE, 99 trabalhadores foram submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão na Bahia, com casos registrados em 19 municípios. Entre eles, destacam-se:

  • Sento Sé: cinco casos com 22 trabalhadores;
  • Santa Luzia: um caso com 11 trabalhadores;
  • Elísio Medrado: um caso com um trabalhador;
  • Xique-Xique: um caso com 10 trabalhadores;

E outros municípios que completam a lista.

Processo e atualização da lista

A lista é atualizada duas vezes por ano, em abril e setembro. Os nomes são adicionados após a conclusão do processo administrativo que julgou o caso, sem possibilidade de recurso. Contudo, podem ser retirados mediante novas decisões judiciais ou após dois anos da inclusão.