Subiu para 10 o número de denúncias feitas por mulheres contra a clínica de estética Divas Bronze após queimaduras, após seções de bronzeamentos com fitas, no município de Itabuna, no sul da Bahia.
Segundo informações da delegada Ivete Albano, que investiga o caso, as vítimas registraram boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher (Deam) e fizeram exame de corpo de delito. A dona da empresa já foi intimada, no entanto, ainda não compareceu na unidade policial.
Uma das mulheres que denunciaram ter sofrido queimaduras em várias partes do corpo, após um serviço de bronzeamento natural em uma clínica estética, denunciou o constrangimento que tem sofrido por conta dos ferimentos e marcas que ficaram na pele.
A vítima, que não quis se identificar, disse ter se sentido agredida pela esteticista, que não prestou assistência depois das queimaduras. O bronzeamento foi feito à luz do sol na Clínica Divas Bronze.
As vítimas contaram que usaram biquínis feito com fita e que um produto foi passado em seus corpos.
“Ela disse que ia procurar a gente, ficou enrolando. Estava naquela expectativa dela aparecer, de conversar, dela vir pessoalmente, acertar das melhores formas possíveis. Só que ela não se negou, mas também não apareceu e fechou o estabelecimento. Então, a gente sabe que ela não vai dar assistência nenhuma a gente”, disse uma das mulheres queimadas.
Alvará de Funcionamento
A empresa Divas Bronze afirmou, por meio de nota, que tem alvará de licenciamento e que utiliza produtos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No entanto, o diretor de Vigilância Sanitária da cidade, Manuel Mattos, disse que o alvará da empresa estava vencido desde o final de 2017, e que a dona teria sido notificada para fazer a renovação, mas não fez.
Ainda segundo o diretor, o alvará do estabelecimento era para o seguimento de estética, sem procedimentos invasivos, como hidratação, esfoliação e bronzeamento com produtos naturais.
Mattos informou ainda que não existe nenhum estabelecimento cadastrado para fazer o procedimento de bronzeamento na cidade. Ele disse que não existe proibição para esse tipo de procedimento, portanto, não tem como o município fiscalizar.
A clínica afirmou, ainda em nota, que está à disposição das clientes, mas as vítimas alegam que não receberam nenhum tipo de assistência da empresa.
O caso é investigado pela delegada Ivete Albano, da Polícia Civil em Itabuna. As vítimas passaram por exames de corpo de delito. A delegada informou que uma ordem de missão foi expedida para que os investigadores da delegacia descubram onde a dona da clínica está.