A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) divulgou durante uma entrevista coletiva, realizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB) nesta quarta-feira, 19, os dados que indicam uma redução de 4,6% nas mortes violentas no estado durante o primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram registrados 2.523 casos este ano, contra 2.643 no ano passado.
A cidade de Salvador, capital da Bahia, apresentou uma queda ainda maior no número de mortes violentas. Segundo os dados divulgados, foram contabilizadas 532 vítimas no primeiro semestre de 2023, representando uma redução de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 621 vítimas. Na Região Metropolitana, a queda foi de 7,6%, passando de 331 para 306 registros. Já no interior, a redução foi de 0,4%.
Além disso, a Secretaria de Segurança Pública destacou a eficácia da ferramenta de reconhecimento facial na captura de criminosos. No período analisado, 236 criminosos com mandados de prisão foram capturados por meio dessa tecnologia, elevando o total de capturas desde a implementação da estratégia de segurança para 900. Em média, ocorreram duas prisões por dia em 2023.
As capturas realizadas pelo reconhecimento facial são responsáveis pela detenção de indivíduos envolvidos em crimes graves, como homicídio, tráfico de drogas, roubo e estupro. O Secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, ressaltou as ações da pasta no combate ao crime organizado, incluindo a maior apreensão de fuzis da história da Polícia Civil da Bahia, ocorrida em junho deste ano, no bairro de Tancredo Neves, em Salvador.
No primeiro semestre de 2023, as forças estaduais prenderam 9.019 criminosos na Bahia, o que equivale a uma média de 50 prisões por dia.
Werner informou que, somente nos primeiros seis meses de 2023, foram apreendidos 37 fuzis, em média 14 armas por dia, além de metralhadoras e revólveres, totalizando 2.570 armas. Ele ressaltou que as operações integradas entre as forças de segurança, incluindo a Polícia Federal, Gaeco e Ministério Público, têm sido fundamentais para o sucesso dessas ações. O secretário também destacou a necessidade de combater a corrupção policial, afirmando que é preciso “cortar na própria raiz”.