Banco digital 4TBank é alvo de investigação por suposta lavagem de dinheiro do PCC

Polícia Civil desarticula esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o 4TBank, supostamente ligado ao PCC. Empresa movimentou mais de R$ 8 bilhões.

Divulgação/Polícia Militar

A Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) realizou na última terça-feira (6) a Operação Decurio, que resultou na desarticulação de uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Um dos principais alvos foi João Gabriel de Mello Yamawaki, identificado como o responsável por operar o 4TBank, uma instituição financeira fantasma usada para movimentar grandes quantias de dinheiro provenientes de atividades criminosas. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.

As investigações revelaram que o 4TBank, que funcionava sem autorização do Banco Central, atuava como uma fachada para o Primeiro Comando da Capital (PCC) lavar dinheiro. A empresa estava registrada no nome de Matie Obam, madrasta de Yamawaki, e movimentou mais de R$ 8 bilhões por meio de várias contas bancárias. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou transações suspeitas, incluindo depósitos em espécie de valores elevados, que indicavam possível origem ilícita.

A polícia chegou ao 4TBank após a apreensão de drogas em uma operação anterior. Documentos obtidos e interceptações telefônicas sugerem que a empresa era usada para disfarçar os lucros gerados pelo tráfico de drogas, além de financiar as operações do PCC.

Os advogados que representam o 4TBank refutam as acusações, alegando que a empresa está em processo de regularização junto ao Banco Central. A defesa de Fabiana Manzini, uma das pessoas sob investigação, afirma que sua cliente já foi absolvida em um processo anterior.