A polícia investiga o caso de um bebê de nove meses, que foi levado pela mãe para a emergência do Hospital Novo de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, com queimaduras feitas por garfo. A criança já passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML). A cunhada da mãe do bebê é a principal suspeita do crime.
O gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), delegado Nehemias Falcão, afirmou que várias pessoas foram ouvidas sobre o caso. "Estamos aguardando o resultado do exame de corpo de delito. Na próxima semana o caso deverá ser encaminhado a justiça", apontou o delegado.
De acordo com o conselheiro Jason Clemente, do Conselho Tutelar de Piedade, o serviço social da unidade de saúde informou ao órgão sobre o caso."Eles ligaram para mim dizendo que tinha uma criança na emergência desse jeito. Nós fomos para o DPCA e para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer um exame de corpo de delito", explicou.
Segundo Jason, há um mês a mãe da criança deixava o menino de 9 meses e duas filhas, de 2 e 7 anos, com a cunhada durante o período de trabalho. A mulher é a principal suspeita de ter cometido os maus-tratos. "Ela [a mãe] vinha notado que a criança de 9 meses não queria ficar na casa, sempre ficava assustada quando a esposa do irmão chegava perto", contou o conselheiro.
A criança possui uma deficiência congênita nas pernas e não consegue andar. No entanto, de acordo com o conselheiro, ao chegar na casa da cuidadora, ele se arrastava para sair. A suspeita informou à mãe da criança que as queimaduras foram feitas pela filha mais velha, de 7 anos. Para Jason, a história não procede. "Eu mesmo ouvi a menina mais velha por horas. Ela fala com muita propriedade que não foi ela que fez isso. Uma vizinha daqui também disse que a mulher culpou a filha dela e que vinha culpando a todos que tinham convívio com a família", relatou.
O Conselho Tutelar de Piedade encontrou uma creche para que as crianças fiquem durante o horário de trabalho da mãe.