Um bebê de um ano e seis meses faleceu após ser liberado de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Mococa, São Paulo, no domingo, dia 14. A mãe, Camila Souza, acusa o médico de negligência.
Segundo Camila, o médico que atendeu seu filho Theo Souza pediu que ela vestisse uma camisa no bebê, que estava “gelado”, e liberou a criança logo em seguida. Theo morreu cerca de 40 minutos depois.
“Ele ouviu o pulmão, fez raio-X e passou um antibiótico. Questionei que o menino estava gelado e ele disse ‘põe blusa no menino que ele está com frio’, mas não estava frio”, afirmou a mãe ao portal G1.
Camila relatou que implorou ao médico para que administrasse soro no bebê, mas ele respondeu: “soro é água e sal”. Ela explicou que Theo não estava conseguindo beber água, mas o médico não atendeu ao pedido. Além disso, ela solicitou antibiótico injetável, que também foi negado.
Enquanto esperava por uma carona com a irmã, Theo faleceu. Camila voltou ao hospital na tentativa de reanimar o filho, mas não teve sucesso.
“Como que meu filho tem diagnóstico de estomatite na sexta, passa por atendimento no domingo porque não estava bem, e um médico sem vontade de atender uma criança, uma vida, não dá a atenção necessária. E meu filho morre após 40 minutos de atendimento”, desabafou a mãe ao portal G1.
Ela acrescentou que o médico a tratou com desdém, afirmando que ele era o médico e sabia qual era o remédio adequado. “Se ele tivesse me ouvido, ouvido todas as queixas que eu disse, poderia ter evitado a morte do meu filho”, completou Camila.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a possível negligência médica. O laudo deve ser divulgado em até 30 dias.
“O caso foi registrado como morte natural na Delegacia de Mococa. A autoridade aguarda o comparecimento da mãe do menor para esclarecimentos acerca das circunstâncias da morte da vítima. Detalhes serão preservados por envolver menor de idade”, informou a Secretaria Estadual de Segurança Pública.