Bebê tem braço quebrado durante parto em maternidade de Salvador; pai acusa médicos 

Um recém-nascido teve o braço fraturado durante o parto, na Maternidade Albert Sabin, no Cajazeiras, bairro de Salvador. Em conversa com a imprensa, Lucas Pereira, o pai do bebê, acusou os médicos pelo ferimento do filho. De acordo com ele, o bebê não para de chorar e está à espera de uma consulta com um ortopedista.

Conforme o relato, os pais foram informados de que a equipe médica precisaria fazer uma manobra durante o parto, porque o cordão umbilical estava ao redor do pescoço do bebê. 

“Minha sogra visualizou na mesma da hora e disse: ‘Olha, quebrou o braço da criança’. Aí a médica fingiu que se sentiu mal e parou o parto. Ela foi para a sala de UTI com a criança e ninguém me disse nada”, relatou o pai.

“Depois a médica me chamou e disse que meu filho tinha fraturado o braço. No mesmo dia, mandou a gente para o Hospital do Subúrbio, onde o ortopedista pediu para a gente deixar o braço dele em uma posição específica, que em três semanas ficaria normal”, continuou.

A mãe do bebê, Fabiana Almeida, teve o parto do filho, Arthur Almeida Pereira, nas primeiras horas do dia 16 de março. O recém-nascido nasceu saudável, com 3,5 kg e 50 centímetros. 

Arthur foi liberado pelos médicos na sexta-feira (17), mas os parentes permaneceram apreensivos em relação a levar o bebê para casa, uma vez que, de acordo com eles, nenhum documento que certificasse o ocorrido em relação ao braço quebrado foi fornecido.

“Não me deu documento, nada, e depois liberaram para a gente no mesmo dia. Como é que a gente vai para casa sem nenhuma comprovação?”, questionou.

A Sesab disse, em comunicado, que não fornece o estado de saúde ou qualquer outra informação sobre pacientes que usam a rede estadual de assistência, como manda o CFM. A pasta sustenta que essa medida protege o paciente e equipe profissional e está fundamentada no Código de Ética Médica. A justificativa para não tornar pública essa informação também está na Lei de Acesso à Informação, que protege por 100 anos dados pessoais que possam comprometer a privacidade, a vida privada, a honra e a imagem.