Divinópolis – A Polícia Civil de Divinópolis indiciou a biomédica Lorena Marcondes por homicídio doloso com dolo eventual na morte de Íris Martins. O caso aconteceu após um procedimento de lipoaspiração realizado em 8 de maio deste ano. Segundo informações do Portal ChicoSabeTudo, o indiciamento se deu com base em duas circunstâncias: “motivo torpe, pois somente visava lucro”, e uma chamada “traição”, por enganar pacientes sobre a natureza do procedimento.
Irregularidades e consequências
Segundo o delegado Marcelo Nunes, foram encontradas 12 incisões no corpo da vítima, Íris Martins. Além disso, a clínica não possuía a documentação específica para a realização do procedimento. A perita Paula Lamounier revelou que materiais coletados no local tinham vestígios de sangue e fluidos corporais de Íris, confirmando que foram usados no procedimento.
“Nenhum médico faria esse tipo de procedimento. Tamanha foi a agressão que ela sofreu que veio a óbito”, disse o delegado.
Outros indiciamentos e ocultação de provas
A auxiliar da biomédica, Ariele Cristina de Almeida Cardoso, também foi indiciada por homicídio simples. Outro profissional, cujo nome não foi divulgado, enfrentará as mesmas acusações. Demais funcionários da clínica serão responsabilizados por fraude processual.
O delegado regional da Polícia Civil, Flávio Tadeu Destro, destacou que funcionários tentaram ocultar provas. “Temos imagens dos funcionários da clínica deixando o local com sacos pretos, ocultando provas. Não restam dúvidas do crime”, concluiu.
Defesa surpresa
Tiago Lenoir, advogado de defesa de Lorena Marcondes, expressou surpresa com o indiciamento e afirmou que o inquérito foi realizado “a toque de caixa”. Lenoir garantiu que trabalhará para provar a inocência de sua cliente.