Mais uma vítima do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho foi identificada nesta quarta-feira (25). Ao todo, 270 pessoas morreram no rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em 2019. Com a nova identificação, nove dessas pessoas continuam desaparecidas.
A identificação, pela arcada dentária, foi da vítima JULIANA CREIZIMAR DE RESENDE SILVA. Ela tinha 33 anos e tinha acabado de ter gêmeos quando morreu na tragédia da Vale. Seu marido e pai das crianças, Dennis Silva, também foi uma das vítimas, mas ele foi identificado ainda em 2019. Os dois eram funcionários da Vale. Juliana atuava como analista operacional e Dennis era técnico em planejamento e controle.
Segundo o Corpo de Bombeiros, trata-se do corpo encontrado pelos bombeiros nesta terça-feira (24), após 942 dias de buscas no local.
“Com a localização de corpo realizada no final da tarde de ontem (24/08) pelas equipes do CBMMG, o número de joias ainda desaparecidas em Brumadinho passa para 9, de um total de 270 vítimas fatais. Os trabalhos finais de reconhecimento da vítima estão sendo realizados pela Polícia Civil, mas já existe a confirmação de que se trata de uma nova identificação”, disseram os bombeiros.
De acordo com o médico legista da Polícia Civil que trabalha na identificação das vítimas do rompimento desde 2019, Ricardo Araújo, a equipe trabalhou ao longo da madrugada no processo de identificação, que comparou a arcada dentária da vítima com documentos odontológicos e fotos de sorrisos já recolhidos com familiares, além de detalhes apurados com odontologista que cuidava dela.
“A gente traz com esperança de conforto esta devolução da identidade, de devolver o nome, e devolver para o familiar, um pouco de dignidade”, falou.
A identificação ocorre no mesmo dia em que a tragédia completa 2 anos e 7 meses. A última identificação ocorreu há três meses.