A multinacional Avon demitiu, na sexta-feira (26), uma executiva de nome Mariah Corazza Üstündag. De acordo com o UOL, a mulher foi denunciada por manter, em casa, uma idosa de 61 anos em trabalho análogo à escravidão. Acusada de violar os direitos humanos, ela chegou a ser presa, mas foi liberada após pagar fiança de R$ 2.100.
Segundo apuração feita pela Folha de S. Paulo, Mariah, que tem 29 anos, mora em uma área nobre da capital paulista e mantinha a idosa em um cômodo utilizado como depósito. No local, que não tinha banheiro, foi encontrado diversos móveis, caixas amontoadas e um sofá velho, que era utilizado pela senhora para dormir.
A idosa, que não teve a identidade revelada, trabalhava para a família por pelo menos 20 anos, mas 13 anos de serviço ela sequer teve a carteira assinada. Como agravante, a senhora também não recebia 13º salário e não tinha férias.
Após repercussão do caso, internautas chegaram a pressionar os canais da Avon. A empresa, inicialmente, anunciou o afastamento da executiva, mas horas depois decidiu demiti-la. A multinacional também informou em nota que não admite violações dos direitos humanos por parte de seus colaboradores e que prestará acolhimento à vítima.
O Ministério Público do Trabalho encaminhou já na sexta-feira (26) um pedido à Justiça do Trabalho em São Paulo para bloqueio da venda da casa, enquanto o processo ainda esteja em aberto. Além do atendimento a solicitação, foi determinado que a idosa receberá três parcelas do seguro desemprego.