Cadáver de mulher é encontrado esquartejado e em decomposição na Bahia

Corpo esquartejado encontrado em Vera Cruz pode ser da professora Ariane Roma dos Santos, desaparecida há um mês.

O corpo de uma mulher, esquartejado e em avançado estado de decomposição, foi descoberto às margens da BR-101, próximo a Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador, no sábado (27). O corpo foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para passar por exames de identificação.

A Polícia Civil está investigando a possibilidade de o corpo ser da professora da rede municipal de Camamu, Ariane Roma dos Santos, de 36 anos. Segundo relatos da família, Ariane saiu de casa na tarde do dia 25 de junho para visitar uma costureira e não voltou.

Conforme a Polícia Civil, o corpo encontrado em Vera Cruz foi descoberto no mesmo trajeto que o marido de Ariane fez na época do desaparecimento.

Câmeras de segurança em Camamu capturaram imagens da professora caminhando na região da Cidade Baixa antes de desaparecer. A família registrou uma queixa na delegacia local após o sumiço de Ariane. José Neri, coordenador da 5ª Coorpin de Valença, afirmou que um primo de Ariane relatou que, no dia seguinte ao desaparecimento, em 26 de junho, ela telefonou dizendo que estava sendo mantida em cativeiro em um sítio da região.

O ex-companheiro de Ariane, com quem ela tem uma filha de cinco anos, é o principal suspeito. No dia 4 de julho, a polícia solicitou a prisão temporária dele, que foi concedida pela Justiça e convertida em prisão preventiva no dia seguinte.

Em depoimento, o suspeito disse que mantinha um relacionamento paralelo com Ariane e sua atual companheira. No dia do desaparecimento, ele afirmou que a levou para um sítio onde tiveram uma discussão e depois a deixou nas margens da BA-001, em Camamu. Entretanto, essa versão não coincide com o relato do primo de Ariane, que disse ter recebido uma ligação dela em 26 de junho.

Testemunhas também relataram ter ouvido tiros no sítio no dia 26. No local, a polícia encontrou um revólver com uma bala disparada. A linha de investigação sugere que o suspeito matou a professora e escondeu o corpo, versão que ele nega.

Familiares e amigos de Ariane realizaram um protesto em Camamu no dia 4 de julho, exigindo rapidez nas investigações.