Cafetão é baleado e queimado vivo por criminoso que namorava garota de programa

Em Samambaia, a polícia desvenda o homicídio de um homem, queimado vivo em um ato de vingança amorosa pelo parceiro de uma profissional do sexo.

Em Samambaia, no Distrito Federal, um caso complexo envolvendo ciúmes e vingança levou à morte de Glaudêncio Santos, 41 anos, agenciador de profissionais do sexo. O episódio, investigado pela 26ª DP (Samambaia) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), revelou uma trama motivada pela relação conturbada entre Ana Clara Silva dos Santos, 20 anos, trabalhadora do sexo, e seu parceiro, Antônio Pereira Martins, 65 anos.

O desfecho trágico teve início quando Martins descobriu que Santos organizava diversos encontros sexuais para Ana Clara. Sentindo-se traído, Martins atraiu o agenciador para uma emboscada no lixão do Morro do Sabão, no Parque Gatumê, sob a falsa premissa de realizar um ritual religioso — prática comum entre Santos e Ana Clara.

No local, Martins submeteu Santos a uma sessão de violência, que incluiu obrigar a vítima a simular um ato com a arma de fogo. Posteriormente, Santos foi baleado e incinerado vivo entre pneus, um método criminoso conhecido como “micro-ondas”. A identificação do corpo foi dificultada devido ao estado de carbonização.

Antônio Pereira Martins fugiu após o crime, permanecendo foragido desde 7 de fevereiro, dia em que Ana Clara foi detida. A polícia foi informada de seu retorno a Samambaia em 28 de março, data em que realizaram sua prisão. Ao perceber a chegada dos policiais, Martins armou-se com uma faca e tentou suicidar-se, sendo impedido pelos agentes, que o socorreram e encaminharam para atendimento hospitalar. Martins estava em fuga, alternando entre Ceilândia, Taguatinga e áreas no entorno do DF, após tomar conhecimento da possibilidade de ser preso.