Campanha nacional de doação de leite materno na Bahia beneficia 8 mil bebês

A Bahia alcançou 8 mil doadoras de leite materno, coletando 7 mil litros que beneficiaram 8 mil bebês, segundo o Ministério da Saúde.

No último ano, a Bahia alcançou a marca de 8 mil doadoras de leite materno, coletando cerca de 7 mil litros, que beneficiaram diretamente 8 mil bebês. Os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde durante o lançamento da campanha “Doe leite materno: vida em cada gota recebida” na última segunda-feira. A iniciativa busca ampliar a quantidade coletada em 2023.

Em âmbito nacional, foram doados 253 mil litros de leite humano, auxiliando 225.762 recém-nascidos em todo o Brasil, um aumento de 8% em relação a 2022. Esse volume ainda representa apenas 55% da necessidade real por leite humano no país, com previsões do Ministério da Saúde apontando para um crescimento de 5% na oferta para 2024.

No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros ou com baixo peso anualmente, o que corresponde a 12% do total de nascimentos. A doação de leite humano é essencial para esses recém-nascidos que estão internados em Unidades de Tratamento Intensivo neonatais e que não podem ser amamentados pelas próprias mães, aumentando significativamente suas chances de recuperação e de ter uma vida saudável.

A rede nacional de bancos de leite humano, liderada pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), integra a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e Aleitamento Materno (PNAISC). Com 225 bancos de leite e 217 postos de coleta em todo o país, essa rede é fundamental para diminuir a necessidade de compra de fórmulas infantis para prematuros no Sistema Único de Saúde (SUS), gerando economia significativa de recursos.

Um exemplo é o Banco de Leite Humano dos Servidores, onde muitas mães recebem orientação e apoio para a ordenha e o armazenamento do leite. Quando possível, o leite excedente é doado para os recém-nascidos internados.

Os benefícios da amamentação vão além dos recém-nascidos, impactando também a saúde da mulher. A amamentação reduz as chances de desenvolver câncer de mama e de ovário, e estima-se que o aleitamento materno possa diminuir em até 13% a mortalidade infantil mundial por causas preveníveis.