Caso Lucas Maia: Suspeito confessa ter matado o dentista por dívida de R$ 100

Detalhes da prisão e confissão do suspeito revelados.

Patrick Pereira de Souza Pinho, de 22 anos, foi preso e confessou o homicídio do dentista Lucas Maia. A prisão ocorreu na manhã de segunda-feira (18) em sua residência no Engenho Velho da Federação, em Salvador. Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado por uma dívida de R$ 100.

A delegada Zaira Pimentel, titular da Delegacia de Homicídios Atlântico, relatou que, embora Patrick tenha tentado se esconder sob um lençol na cozinha, ele não resistiu à prisão. O detalhe que levou à sua identificação foi uma tatuagem do Superman na mão, visível em imagens de câmera de segurança analisadas pela polícia.

Patrick, em seu depoimento, negou qualquer envolvimento amoroso ou sexual com a vítima, afirmando que sua relação com Lucas era puramente amistosa. A delegada Pilly Dantas, coordenadora da 1ª Delegacia de Homicídios Atlântico, acrescentou que a companheira de Patrick tomou conhecimento do crime após a divulgação de imagens do suspeito em um elevador.

Segundo informações da polícia, a discussão que levou ao homicídio ocorreu no apartamento de Lucas, após os dois usarem drogas juntas. Durante a briga, Patrick aplicou um golpe conhecido como “mata leão” em Lucas, amarrando em seguida suas mãos e pernas. Após o crime, Patrick roubou diversos itens do apartamento da vítima, incluindo um relógio e um notebook, que ele posteriormente vendeu.

A polícia esclarece que não há suspeitas de mais envolvidos no crime. A investigação aguarda agora os laudos do exame toxicológico para detalhar a dinâmica e a intensidade do confronto que levou à morte de Lucas Maia.

Patrick, que possui um registro anterior de furto na adolescência, enfrentará agora um indiciamento formal pela polícia, que solicitará a conversão de sua prisão temporária em preventiva.

Este caso segue em investigação e mais atualizações serão fornecidas conforme novas informações surgirem.

RELEMBRE O CASO

O dentista Lucas Maia de Oliveira, de 36 anos, foi encontrado morto em seu apartamento no luxuoso condomínio Celebration Garibaldi, situado no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. A descoberta ocorreu no dia 25 de novembro.

Lucas levava uma vida social ativa e mantinha contato regular com sua família. No entanto, após uma série de eventos misteriosos, sua ausência levantou preocupações entre seus entes.

Segundo relatos de seu primo, a última vez que alguém próximo a Lucas teve contato com ele foi na tarde de quinta-feira anterior à descoberta de seu corpo.

“Ele tinha contato diário com minha mãe, então, a partir do momento que minha mãe passou a não conseguir falar com ele, nós começamos a ficar preocupados. Mas a secretária da clínica dele conseguiu contato com ele na quinta-feira, entre 12h e 14h. Depois disso, ninguém mais conseguiu”, afirmou o primo.

A última informação sobre Lucas em vida veio de uma vizinha, que alegou ter ouvido um pedido de socorro por volta das 21h e 21h30 da quinta-feira (23). Preocupada, a vizinha acionou a portaria do condomínio, que por sua vez entrou em contato com Lucas. Entretanto, diante do ruído de um ventilador vindo do apartamento, o porteiro não considerou necessário chamar a polícia, retornando à guarita.

Com o passar do tempo e sem notícias de Lucas, seus familiares dirigiram-se à Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) no dia 25 de novembro para registrar seu desaparecimento. Lá, foram orientados a verificar a residência de Lucas e hospitais de grande circulação.

A descoberta do corpo ocorreu quando familiares entraram no apartamento do dentista e encontraram seu corpo em um estado avançado de decomposição. Além disso, o carro de Lucas não estava na garagem, e o imóvel havia sido revirado e saqueado.