A líder quilombola e ialorixá, Mãe Bernadete, foi assassinada na última quinta-feira (17). Atualmente, autoridades locais estão em busca de um homem suspeito de envolvimento no acontecimento.
Uma informação relevante divulgada pelo G1 sugere que, nas semanas que antecederam o crime, Mãe Bernadete enfrentou crescentes ameaças. Notavelmente, ela se incomodou com um homem que habitava próximo a sua residência e mostrava interesse em vender terrenos na região quilombola.
Relatos indicam que este suspeito exibia frequentemente armas e, embora tenha chegado à comunidade como um mero prestador de serviços, logo mostrou inclinações para o comércio de terras. Adicionalmente, há indicações de sua ligação com indivíduos envolvidos em atividades de extração ilegal de madeira.
De acordo com fontes, há uma suspeita de colaboração entre o homem e um policial, ambos supostamente envolvidos na extração ilegal. O mesmo homem é mencionado em relação a interrupções de energia no local, um incidente que precedeu o crime e que, segundo moradores locais, pode ter sido uma estratégia para desativar câmeras de segurança.
Em resposta a esse grave acontecimento, a Polícia Civil divulgou que as investigações estão em andamento, mas manteve os detalhes reservados para assegurar a integridade da apuração.
Em um desdobramento relacionado, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia, liderada por Ângela Guimarães, revelou que, como medida preventiva, os familiares de Mãe Bernadete foram realocados da comunidade Quilombo Pitanga do Palmares. Além disso, a Polícia Federal também instaurou um inquérito sobre o caso.
No cenário internacional, o caso ganhou destaque após a ONU Mulheres condenar o ato e solicitar rigor nas investigações brasileiras. Em comunicado, a organização enfatizou a necessidade de responsabilidade e reparação para prevenir violações futuras de direitos humanos.