Na tarde desta terça-feira (25), Maxwell Simões Corrêa, ex-sargento do Corpo de Bombeiros, popularmente reconhecido como Suel, foi encaminhado da sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro para a unidade do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em Brasília. A movimentação aconteceu sob vigilância apertada, com Suel sendo escoltado por agentes da Polícia Federal.
A detenção de Maxwell ocorreu na segunda-feira (24) pela Operação Élpis, uma ação conjunta entre a Polícia Federal, a Força Tarefa Marielle e Anderson (FT-MA) e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou evidências que conectam Maxwell ao crime que culminou nas mortes da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. O ex-bombeiro é acusado de envolvimento em diversas fases da ocorrência.
Conforme informações advindas da delação premiada de Élcio Queiroz, ex-policial militar detido desde 2019, Maxwell participou ativamente das etapas antecedentes ao crime, e, posteriormente, assumiu um papel de ocultação de provas e assistência ao coacusado.
Pronunciamento da Defesa
A representante legal de Maxwell, advogada Fabíola Garcia, comunicou à Agência Brasil que a defesa, por enquanto, prefere não se posicionar acerca da recente prisão de seu cliente. Ronnie Lessa, outro nome vinculado ao caso, também se declara inocente por meio de sua defesa.
Progressos na Investigação
Para Eduardo Martins, promotor do MPRJ, os recentes avanços provêm de uma extensiva colaboração entre a Polícia Federal e o Ministério Público. A delação recente lança luz sobre áreas ainda não esclarecidas do caso e fornece esperança de identificar outros envolvidos.
Fábio Corrêa de Mattos Souza, coordenador do Gaeco, ressalta a importância da paciência e perseverança nas investigações. A ideia, segundo ele, é apresentar no julgamento todos os detalhes dos acontecimentos da fatídica noite.
Reunião com a Defensoria Pública e Familiares
No dia 24, uma reunião entre representantes da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, familiares das vítimas, MPRJ e Polícia Federal ocorreu. O objetivo foi atualizar as partes sobre os desenvolvimentos da investigação, especialmente após a prisão de Maxwell.
Na ocasião, Marinete da Silva, mãe de Marielle, expressou gratidão pelo empenho dos investigadores e reafirmou a busca contínua pela justiça para sua filha e Anderson Gomes.
Relembrando os fatos, Marielle e Anderson foram vitimados fatalmente na noite de 14 de março de 2018 no bairro do Estácio, Rio de Janeiro. A investigação busca incessantemente esclarecer todas as facetas deste crime e garantir que a justiça prevaleça.