Leandro Pinheiro Barros, detido na Bolívia na quinta-feira (4) pelo homicídio de sua esposa, chegou a Maceió na noite de sexta-feira (5). Após desembarcar, Barros foi encaminhado ao Complexo de Delegacias Especializadas (CODE), onde prestou depoimento à delegada Ana Luiza Nogueira. Prevê-se sua transferência para o Sistema Prisional na manhã de sábado (6).
Barros, que confessou o assassinato de Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, de 26 anos, foi capturado em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, localizada a aproximadamente 4.000 km de São José da Tapera, Alagoas, onde o crime ocorreu em 18 de junho de 2023. Ele foi encontrado após se esconder na cidade boliviana, seguindo o homicídio de Mônica Cavalcanti a tiros.
O processo de extradição de Barros durou cerca de dez horas, incluindo uma parada técnica em Goiânia para reabastecimento. Sob custódia da Polícia Civil de Alagoas, Barros foi interrogado pela Coordenadora da Delegacia da Mulher, permanecendo à disposição da justiça para posterior encaminhamento ao Sistema Prisional.
Durante sua detenção e transferência para o Estado de Mato Grosso do Sul, Barros admitiu o crime, alegando estar sob efeito de álcool. A vítima foi assassinada após um desentendimento com Barros durante uma festa junina, tendo registrado um vídeo antes de ser morta.
A operação de captura e repatriação de Barros contou com a participação de autoridades de segurança pública de Alagoas, incluindo o Secretário de Segurança Pública, Flávio Saraiva, o Delegado-Geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, e os delegados Thales Araújo e Igor Diego.
Thales Araújo, delegado da Diretoria de Inteligência Policial da Polícia Civil de Alagoas, destacou a escolha de Santa Cruz de La Sierra por Barros devido à significativa presença de brasileiros na região, o que possivelmente facilitou sua estadia na Bolívia.
Em Alagoas, serão concluídos os procedimentos investigativos restantes, incluindo o interrogatório de Barros. A investigação também avaliará a participação criminal de terceiros que possam ter auxiliado na fuga e permanência de Barros no exterior. Conforme Araújo, além da confissão de Barros na Bolívia, foi descoberto que ele utilizou documentos bolivianos com dados falsos e tomou precauções para não deixar rastros, incluindo a utilização de um veículo não registrado em seu nome para a fuga.