Cinco policiais e um garimpeiro foram presos na manhã desta terça-feira (6) em uma operação destinada a desarticular um suposto grupo de extermínio na região do Sisal, na Bahia. A prisão dos suspeitos ocorreu como parte das ações da ‘Operação Urtiga’, que executou mandados de prisão e de busca e apreensão em Santaluz, Jacobina, Valente e Santa Bárbara.
Detalhes da Operação Urtiga
A operação, deflagrada pela Força Correcional Especial Integrada (Force) da Corregedoria Geral da Secretaria da Segurança Pública (SSP), contou com a parceria do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e das Polícias Federal e Civil da Bahia, e envolveu cerca de 140 policiais.
Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Entre os objetos apreendidos estavam armas, munições, material de garimpo e celulares. Os suspeitos são investigados por fazer parte de uma organização criminosa especializada em crimes contra a vida, com características típicas de grupos de extermínio.
A ‘Operação Urtiga’ teve início a partir da investigação de dois inquéritos policiais, sendo um para apurar o homicídio de um homem que ocorreu no Município de Cansanção, em março de 2022, e outro inquérito da Polícia Federal a fim de apurar crimes ambientais.
Conexão com a Operação Garça Dourada
Paralelamente à ‘Operação Urtiga’, a ‘Operação Garça Dourada’ também foi deflagrada, com foco na repressão à mineração ilegal na região de Santaluz. Segundo a Polícia Federal, os investigados praticavam a extração ilegal de ouro, tendo evoluído no crime para a construção de laboratórios, onde recebiam e refinavam “rejeitos” de moagens, executadas por garimpeiros ilegais, através de processo químico industrial.
A prática ilegal pode causar grande impacto para a saúde humana e para o meio ambiente local, tendo em vista a utilização ilícita de cianeto de potássio ou cianeto de sódio, substâncias altamente tóxicas e cuja compra e uso são controlados pelo Exército Brasileiro.
Os suspeitos da ‘Operação Garça Dourada’ poderão responder pelos crimes de usurpação de bens da União, associação criminosa, posse de artefatos explosivos, extração ilegal de recursos minerais e uso/armazenamento ilícito de substância tóxica, perigosa e nociva. As penas, somadas, podem chegar a 19 anos de reclusão.
Este caso ainda está em desenvolvimento e novas informações serão divulgadas conforme se tornarem disponíveis. As investigações continuam, com o objetivo de desarticular completamente o suposto grupo de extermínio e a operação de mineração ilegal.