Coiotes de blitz: o novo negócio perigoso nas ruas de Salvador
Imagine passar por uma blitz e ter alguém disposto a “ajudar” você a burlar a fiscalização por alguns trocados. Em Salvador, essa realidade tem ganhado força e preocupado as autoridades. Os chamados “coiotes de blitz” emergiram como uma prática arriscada e controversa nas vias da capital baiana.
O esquema funciona de forma simples e perigosa. Motoristas que consumiram bebida alcoólica são abordados por “atravessadores” momentos antes das barreiras policiais. Esses intermediários oferecem um serviço ilegal: passar o veículo na blitz por um valor que pode chegar a R$ 500.
Como funciona o “serviço”
Os coiotes atuam de maneira estratégica, posicionando-se próximos aos agentes de trânsito. Eles abordam condutores em estado de vulnerabilidade, prometendo atravessar a barreira sem que sejam notificados. Um relato real mostra uma jovem que pagou R$ 300 para um desconhecido conduzir seu carro durante uma blitz no Rio Vermelho.
Os riscos por trás da “solução”
- Possibilidade de furto do veículo
- Exposição a crimes potenciais
- Riscos de segurança para o condutor
- Consequências legais imprevisíveis
O Detran-BA alerta que, embora não exista proibição legal específica, a prática representa um grave risco. Os números são impressionantes: só no ano passado, foram 4.884 ocorrências relacionadas à Lei Seca, com mais de 55 mil abordagens realizadas.
A mensagem é clara: não existe atalho seguro quando o assunto é dirigir após beber. A única alternativa responsável continua sendo respeitar as leis de trânsito e preservar a própria vida e a dos outros.