Condenado por estupro e assassinato, ex-pastor passará apenas 25 anos na prisão

O ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves, condenado por estuprar e matar os filhos e enteados Kauã e Joaquim em 2018, recebeu uma pena de 146 anos e quatro meses de prisão em julgamento popular realizado nesta quarta-feira (19) em Linhares, no Norte do Espírito Santo. O crime chocou o país e gerou grande comoção popular.

Apesar da sentença elevada, Georgeval deve passar apenas mais 25 anos na prisão. Isso ocorre porque o crime foi cometido em 2018, quando o limite máximo de tempo na prisão era de 30 anos, e a pena começa a contar a partir do momento em que ele foi preso, em 2018. Sendo assim, o ex-pastor já cumpriu cinco anos de sua pena e, com a soma dos mais 25 anos determinados pela sentença, a previsão é de que ele saia da prisão em 2048.

O advogado criminalista Marcos Daniel Vasconcelos Coutinho, explicou que as penas altas são necessárias para garantir que o réu passe todo o período preso em regime fechado. Segundo ele, se o crime tivesse sido cometido hoje, Georgeval poderia ficar até 40 anos preso. Entretanto, com a pena estabelecida, ele deve cumprir todo o tempo em regime fechado.

O crime chocou o país e, cinco anos após a morte das crianças, ainda gera comoção popular. Georgeval foi condenado pelos crimes de duplo homicídio qualificado, duplo estupro de vulnerável e tortura. A defesa do condenado afirmou que irá recorrer da sentença.