O coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), José Arnaldo do Nascimento, de 56 anos, responde a acusações de assédio sexual envolvendo várias militares do Grupamento de Apoio do Distrito Federal (GAP-DF). Durante o processo judicial, ele alegou ter disfunção erétil como forma de contestar as alegações feitas por seis oficiais, incluindo três tenentes, uma capitã, uma major e uma tenente-coronel.
Em sua defesa, Nascimento argumentou que sua condição médica o impediria de cometer atos de assédio, uma vez que não conseguiria manter ereção. No entanto, laudos médicos elaborados por especialistas da FAB desmentiram essa afirmação. De acordo com os relatórios, a medicação utilizada pelo coronel não o impediria de ter ereções.
A primeira acusação foi feita pela 1ª tenente A.P.B, que relatou comportamentos impróprios por parte do coronel, como abraços inusitados e toques indesejados sob a justificativa de “ajustar” a tarjeta de identificação. Um dos episódios mais graves relatados envolveu uma situação em que ela percebeu Nascimento com o pênis ereto enquanto se encontrava em sua mesa de trabalho, o que a deixou extremamente constrangida.
Em resposta às alegações, o coronel apresentou uma lista de medicamentos que, segundo ele, estariam associados à sua condição de saúde. O juiz do caso solicitou laudos periciais, que confirmaram que, apesar dos efeitos colaterais de certos medicamentos, o coronel ainda poderia ter ereções. Os especialistas indicaram que existem opções de tratamento para a disfunção erétil, que poderiam ser aplicadas, apesar das comorbidades do coronel.
O processo segue sob a análise da Justiça Militar.