Na noite de segunda-feira, no Jardim Paulicéia 3, em Campinas (SP), o corpo de uma bebê recém-nascida foi encontrado em uma lixeira de condomínio. A descoberta foi feita por um coletor de material reciclável que notou o corpo da criança dentro de um saco de lixo. A Polícia Militar informou que a recém-nascida era filha de uma jovem de 17 anos, que teria dado à luz pouco antes de abandonar a criança.
As autoridades prenderam a avó da bebê, acusada de ocultação de cadáver e corrupção de menores. A mãe da recém-nascida foi internada em uma maternidade sob escolta policial e submetida a uma cirurgia pós-parto. Ela poderá responder por infanticídio. A polícia relatou que a avó e a mãe da bebê pretendiam realizar o parto e se desfazer da criança de maneira discreta.
De acordo com o relato da síndica do condomínio, Valdinéia Souza, houve um pedido de ajuda no grupo de mensagens do condomínio para conseguir um remédio para cólicas, referindo-se à jovem mãe. Mais tarde, a descoberta da criança na lixeira causou consternação entre os moradores e funcionários.
O coletor de recicláveis, Sinval Serafim de Campos Pereira, descreveu o momento em que encontrou o corpo da bebê. A família havia contatado os bombeiros horas antes alegando outra emergência, mas a ligação entre os eventos só foi feita após a descoberta do corpo.
A mãe da jovem, ao ser interrogada pela polícia, alegou desconhecer a gravidez da filha. Ela mencionou que a adolescente havia relatado um estupro na escola, o que poderia explicar a gravidez, embora as datas relatadas não corresponderem com o estágio de desenvolvimento da criança.
A Polícia Militar conduziu as investigações, e a mãe da jovem foi encaminhada à 2ª Delegacia Seccional de Campinas, onde ficou detida. Este caso ainda está sob investigação, com as autoridades buscando esclarecer todos os detalhes relacionados ao acontecimento.