Uma mulher de 25 anos experimentou momentos de pânico ao procurar a filha de cinco anos na escola e descobrir que a menina, que tem autismo e apraxia da fala, havia fugido da unidade de ensino municipal em Santos, no litoral de São Paulo. Yasmin de Campos Fonseca disse que a criança saiu do prédio sem ser notada e, por sorte, foi encontrada por outra mãe de estudante – ela atravessava a rua e quase foi atropelada.
A prefeitura de Santos, através da Secretaria de Educação, explicou que está investigando as circunstâncias do caso, inclusive se a menina teria saído da escola acompanhada pela mãe de uma amiga. Uma ocorrência foi registrada como abandono de incapaz no 7° Distrito Policial de Santos.
Yasmin relatou que, ao chegar no colégio, cumprimentou a professora e questionou como a filha tinha se portado em sala de aula. A docente disse que a menina tinha se saído bem e a chamaria para ir embora.
“Na hora que ela virou para chamar, ela [filha] não estava dentro da sala de aula. Falou que olharia no banheiro e já fui procurando na outra sala”.
A mãe salientou que a filha tem autismo, toma remédios e, dessa maneira, requer um cuidado especial.
“Corri para o parquinho e para a casinha de boneca para ver se encontrava ela [não achou]. Fui correndo pelos corredores [e perguntando], mas ninguém sabia onde minha filha estava. Ninguém viu minha filha saindo da escola. Ela não tem noção nenhuma de perigo, é totalmente vulnerável. Por conta de minutos eu poderia ter perdido a minha filha”.
Yasmin disse que, quando estava desesperada pelo sumiço da filha, outra mãe entrou na escola gritando. Ela chamava pela diretora e afirmava que encontrou uma menina perdida na rua, e que por pouco ela não foi vítima de um atropelamento.
“Na hora, saí correndo e abracei ela. Essa moça foi o anjo da minha filha. Salvou a vida dela”.