“Cumpri minha missão”, alegou o condenado a 700 anos de prisão por matar 35 pessoas em Goiás

Tiago Henrique, condenado por 35 assassinatos, foi diagnosticado com Transtorno de Personalidade Antissocial e afirmou ter cumprido uma missão.

Reprodução/Internet

O assassino em série Tiago Henrique Gomes da Rocha, conhecido como o “serial killer de Goiás”, foi diagnosticado com Transtorno de Personalidade Antissocial. O laudo foi elaborado por psiquiatras após três dias de avaliações, e o diagnóstico vem após dez anos de encarceramento. Tiago foi condenado a 700 anos de prisão pelo assassinato de 35 pessoas, crimes cometidos entre 2013 e 2014, causando grande repercussão à época.

O laudo psiquiátrico revelou que Tiago apresenta uma profunda distorção de sua realidade, o que se reflete nas declarações feitas durante as entrevistas. Ele afirmou que cumpriu uma “missão” ao matar suas vítimas e que não sente arrependimento pelos crimes. “Eu só segui meu curso, só cumpri minha missão. Eu tenho ódio da humanidade. Não me culpo por nada que eu fiz”, declarou Tiago, acrescentando que consegue manter o autocontrole, embora fique nervoso em diversas situações. A documentação aponta para a dificuldade do assassino em lidar com as emoções alheias e sua total falta de empatia, confirmando o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Antissocial.

Outro aspecto revelado durante as entrevistas foi a confusão que Tiago demonstra em relação a sua própria identidade. Ele afirmou acreditar ser “de outro mundo”, expressão que pode indicar um distúrbio mais profundo em sua percepção da realidade. Além disso, o condenado mencionou que, apesar de não confiar nas pessoas e se irritar com interações sociais, ainda recebe visitas de familiares. Sua mãe e seu irmão são os únicos que o visitam na prisão, mas ele demonstrou indiferença em relação a eles. “Eu não estou nem aí para as pessoas. Se eu recebesse a missão de matar minha mãe e meu irmão, eu faria”, afirmou.

Durante as entrevistas, Tiago também revelou que interage com outros presos, mantendo conversas que ele acredita serem na “língua deles”, mas afirmou estar aguardando “novas ordens” para agir. O assassino demonstrou orgulho de sua inteligência e desprezo pela morte. “Eu sou muito inteligente. Não tenho medo de morrer”, concluiu Tiago.

O diagnóstico de Transtorno de Personalidade Antissocial evidencia a periculosidade contínua do criminoso, mesmo após anos de encarceramento, devido à ausência de remorso e seu comportamento manipulador e violento.

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