O delegado Fábio Luiz, responsável pela investigação do caso envolvendo uma mulher que tentou sacar um empréstimo com um idoso falecido ao seu lado, declarou que não importa se a vítima chegou morta ou faleceu no banco. Segundo ele, o vídeo do episódio deixa evidente que o homem já estava sem vida. “A continuidade da tentativa de transação por parte da mulher, mesmo na presença de um corpo sem vida, já configura os delitos pelos quais ela está sendo acusada”, explicou o delegado da 34ª Delegacia de Polícia (Bangu), em entrevista ao Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil, nesta quarta-feira (17).
Érica de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver e aguarda audiência de custódia. As investigações agora se concentram em ouvir o motorista de aplicativo que transportou Érica até a agência, além de familiares e vizinhos. Também será examinada a causa da morte do idoso, que até o momento é considerada natural.
O delegado descreveu o episódio como surpreendente, inclusive para um colega com 35 anos de experiência. O incidente foi registrado em vídeo, onde se pode ver o idoso pálido e imóvel em uma cadeira de rodas, enquanto Érica insiste para que ele assine o documento do empréstimo de R$ 17 mil. Apesar das afirmações de Érica, de que ele “era assim mesmo”, funcionários do banco acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), cujo médico atestou que a morte havia ocorrido horas antes.
Após a constatação, a Polícia Militar foi chamada, e Érica encaminhada à delegacia para investigação. O corpo do idoso será analisado no Instituto Médico Legal (IML) para determinação das circunstâncias da morte. Ana Carla de Souza Correa, advogada de Érica, sustenta que o homem estava vivo ao chegar no banco, mencionando que sua cliente estava emocionalmente abalada e sob efeito de medicamentos. A defesa acredita na inocência de Érica e espera que testemunhas sejam ouvidas em momento oportuno.