Na Colômbia, autoridades estão em alerta devido a uma prática criminosa que envolve o uso de uma droga conhecida como burundanga. Esta substância, que incapacita a vítima de manter controle sobre suas ações, tem sido utilizada para coletar dados pessoais sem que a pessoa afetada se lembre posteriormente do ocorrido. A burundanga é extraída da planta “borrachera”, e a escopolamina, seu componente ativo, é um relaxante presente em medicamentos para cólicas, mas se torna perigosa quando combinada com outras substâncias químicas.
A droga, que não possui cheiro ou sabor e pode ser facilmente dissolvida em bebidas ou alimentos, tem sido empregada por criminosos em diferentes contextos, incluindo festas e encontros marcados por aplicativos de relacionamento. Devido ao aumento de incidentes relacionados a essa substância, aplicativos como o Tinder iniciaram campanhas de alerta para seus usuários. Além disso, a embaixada americana na Colômbia reportou que oito cidadãos americanos perderam a vida em Medellín, vítimas de overdose ou homicídio ligados ao uso dessa droga.
Conhecida em Bogotá por nomes como “sopro do diabo”, “pó do zumbi” e “droga do estupro” – este último devido a relatos de uso em casos de abuso sexual –, a burundanga tem uma história de utilização por criminosos que data de pelo menos 1995. Naquela época, o The Wall Street Journal já informava sobre o emprego dessa substância em assaltos. As autoridades continuam a monitorar a situação e a alertar o público sobre os riscos associados ao uso involuntário dessa droga.