Curitiba, PR – Uma empresária do bairro Bigorrilho, em Curitiba, viveu momentos de angústia após cair em um golpe que resultou em um prejuízo de R$ 90 mil. O caso ocorreu no final de outubro, quando seu nome foi indevidamente associado à compra de um veículo. A vítima agora busca com o banco provar sua inocência diante das parcelas de R$ 4.500 que estão prestes a vencer.
A trama do golpe teve início com uma ligação inesperada para a empresária, informando que ela teria sido premiada por uma conhecida marca de cosméticos e perfumes. A vítima, que frequentemente adquire produtos dessa marca, não suspeitou da oferta e aceitou o presente.
“O entregador apareceu no final da tarde, entregando uma caixa da própria empresa. Vi que havia outras caixas no carro. Ele tirou uma selfie, mas não conseguiu capturar meu rosto e então partiu”, relata a empresária.
Desconfiados da situação, os funcionários da vítima a alertaram sobre a possibilidade de um golpe. Ao contatar a empresa de cosméticos, a empresária recebeu a confirmação de que não havia nenhuma promoção em andamento. O entregador retornou no dia seguinte, mas a empresária não estava em casa, o que a levou a pensar que o golpe não havia sido bem-sucedido.
A revelação do golpe veio quando a empresária tentou obter um financiamento pessoal junto ao seu banco. Foi nesse momento que a gerente informou que ela já havia financiado um carro no valor de R$ 90 mil em outubro, com parcelas de R$ 4.500, e apresentou o contrato como prova.
“Ao entrar em contato com minha gerente bancária para verificar a possibilidade de um financiamento para um veículo, ela informou que não era viável devido a um financiamento anterior realizado em meu nome em outubro. O contrato apresentava parcelas de R$ 4.500, datado de 25 de outubro. Foi nesse momento que descobri que havia caído em um golpe.”
A vítima, sem seu conhecimento, adquiriu um Kia Sportage 2019 na cidade de Bituruna, no Sul do Paraná, localizada a mais de 300 quilômetros de Curitiba. Agora, com o auxílio de um advogado e a cooperação das autoridades policiais, a empresária busca reduzir as consequências desse ardiloso golpe.
“Efetuamos todos os esforços para obter uma cópia do contrato, registramos um boletim de ocorrência e confirmamos que não recebemos nenhuma ligação ou e-mail em relação a esse financiamento. Sou cliente do banco e utilizo-o para a minha empresa, mas nenhum contato chegou ao meu e-mail ou telefone. Isso provavelmente ocorreu porque os golpistas usaram informações errôneas para cadastrar o financiamento. Se o banco fez alguma tentativa de contato, foi direcionada para números e e-mails incorretos”, conclui a empresária.
A investigação do caso está em andamento, enquanto a empresária busca reverter os danos causados por esse golpe sofisticado.
