Esquema de compra de votos em cidade baiana leva à prisão de filiado ao PT

Esquema de compra de votos em Ribeira do Amparo envolve empresários e membro do PT; um homem foi preso.

Reprodução/ Portal Alerta

Um esquema de compra de votos em Ribeira do Amparo, na Bahia, está sendo investigado pela Polícia Civil de Euclides da Cunha. A operação resultou na prisão de Dielson Tarcísio Ribeiro Santos, um filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), que foi detido na madrugada de sexta-feira (4) em uma fazenda na zona rural, com aproximadamente R$ 50 mil em espécie, munições de calibre .45 e uma arma de fogo. O suspeito está sendo acusado de participar de uma complexa rede de compra de votos.

De acordo com informações apuradas pelo portal GMCmais, os empresários locais Pedrão, dono de um posto de combustíveis, e seu irmão Valdemar Pinheiro, conhecido como Nono, que possui um supermercado, estão no centro da investigação. Ambos possuem negócios que mantêm contratos com a prefeitura de Ribeira do Amparo, e são filiados ao PT. Fábio, filho de Pedrão, ocupa um cargo de diretor interno na prefeitura, evidenciando a proximidade entre as atividades empresariais da família e a administração municipal.

As investigações indicam que os empresários estariam utilizando seus estabelecimentos comerciais para financiar a compra de votos, beneficiando o partido e seus aliados. Pedrão e Nono teriam repassado o dinheiro encontrado com Dielson Santos pouco antes de sua prisão. O montante foi entregue no povoado de Raspador, enquanto Dielson foi detido em uma fazenda próxima ao povoado de Barrocas.

Além da prisão de Dielson, o caso está sendo comparado ao chamado “Caso Agenda 2020”. Neste caso, uma agenda pertencente à vereadora Eulina da Silva de Amorim, aliada do prefeito Germano Santana (PT), contém anotações que reforçam a suspeita de um esquema de compra de votos na eleição passada. O documento está sob análise da Polícia Federal, que também investiga outras evidências.

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Vídeos que circulam nas redes sociais mostram, ainda, a entrega de materiais como cimento e geladeiras, feita com o uso de uma Fiat Strada registrada no nome da primeira-dama do município, Maria Jakeline Costa dos Santos. As imagens corroboram as acusações de que o grupo estaria distribuindo bens materiais para angariar votos.

A situação envolve, além disso, a retirada de grandes quantidades de dinheiro feita por Flávio Maroto, gerente do posto de combustíveis HORA DA MANGUEIRA, em uma agência do Banco do Brasil no município de Cipó. O posto tem contratos de fornecimento de combustível para a prefeitura há vários anos.

A Polícia Federal continua aprofundando as análises dos materiais apreendidos, e novas evidências poderão surgir nas próximas fases da investigação.