Jaelson Pereira dos Santos, conhecido como Gaivota, foi morto a tiros junto com a companheira, Marlene de Alencar Bessa, 36 anos, na noite da terça-feira (23) no município de Barra, no Vale do São Francisco. A polícia estava a procura de Jaelson desde o final de semana depois de ter invadido casas, roubado e estuprado duas mulheres na zona rural de Barreiras.
Segundo o delegado de Barra, Mirosvaldo Santos Menezes, Jaelson estava morando na casa de Marlene havia cerca de três meses. As polícias Civil e Militar do município chegaram a receber denúncias de que ele estava na cidade, mas não conseguiram localizar.
"A gente sabia que ele estava aqui. Ontem fiz uma diligência junto com a PM na casa de um traficante conhecido como Diego. Recebemos a informação de que ele estava nessa casa, mas chegamos lá e não encontramos nada", diz o delegado.
Jaelson na verdade estava escondido na casa da companheira em um povoado conhecido como Igarité, que fica distante, aproximadamente, 80 quilômetros de Barra. As poucas testemunhas que conversaram com a polícia disseram que havia um carro rondando a casa do suspeito provocando tensão na região. "Nessas horas ninguém viu ou ouviu nada. Ficam com medo de falar", comentou Mirosvaldo.
Por volta das 18h30, Jaelson e Marlene foram encontrados mortos a cerca de 50 metros da casa onde moravam. "Eles estavam se sentido ameaçados e tentaram sair de casa. Quando a equipe chegou lá o carro, um Celta prata, estava com as portas abertas e os corpos do lado de fora", explicou o delegado. Ainda de acordo com a polícia, o casal foi morto com muitos tiros. "Marlene apresentava muitas perfurações no rosto. Mas só a perícia para dizer quando tiros foram disparados".
Execução
Jaelson já tinha várias passagens pela polícia por invasão de casas e roubos seguidos de estupro. A polícia acredita que o suspeito estava envolvido com algum roubo grande. A casa do casal também estava revirada.
"Acredito que não foi uma simples execução. Pelo modo como aconteceu o fato, aparentava haver interesse de quem os matou. Na casa dele tem muitos aparelhos eletroeletrônicos. Entraram na casa e reviraram tudo. Não ficou nem os documentos, nada que identificasse o casal", contou o delegado Mirosvaldo.
Segundo o titular de Barra, familiares da mulher que moram na cidade estiveram na delegacia e reconheceram ela. "A gente não tem nada dele, não tem nem como qualificar". O fato já foi informado à delegacia de Barreiras, onde ele também é procurado.
"Quem mata só por vingança, mata e se esconde para não ser apanhado pela polícia. Mas esses não. Eles entraram na casa logo depois do crime. Acredito que ele tenha feito algo que rendeu dinheiro e alguém foi lá a procura", completou o investigador. Os suspeitos da morte do casal ainda não foram identificados.