Tamyla Guedes de Souza, ex-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) acusada de aplicar golpes em servidores públicos e empresários, resultando em um prejuízo estimado em R$ 800 mil. As investigações conduzidas pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) revelaram que ela enganava as vítimas com a oferta de consórcios contemplados inexistentes.
De acordo com as informações da Polícia Civil, após obter o dinheiro, Tamyla utilizou os valores em jogos de azar online, incluindo o Jogo do Tigrinho, uma plataforma digital conhecida por hospedar esses tipos de apostas. Segundo a Polícia Civil, Tamyla já tinha sido condenada anteriormente na Justiça Militar por peculato, durante seu período como sargento temporária, entre 2018 e 2019. Após sua condenação, ela foi expulsa da FAB.
As vítimas, que se aproximam de 45 entre servidores e empresários, relataram que a ex-sargento utilizava de sua influência e confiança dentro de seu círculo social para convencê-los a fazer transferências de dinheiro, prometendo a entrega de cartas de crédito para a compra de veículos e imóveis. Uma das vítimas alega ter pago R$ 27 mil de ágio por uma carta de crédito de R$ 350 mil, dinheiro que nunca foi recuperado após várias desculpas apresentadas por Tamyla.
Os crimes de estelionato reportados começaram ainda em 2018, quando Tamyla estava ativa na Aeronáutica. Adicionalmente, foi descoberto que ela desviou R$ 82 mil de recursos da União enquanto trabalhava na Secretaria de Alojamento do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo I (Cindacta I), usando sua posição para facilitar os desvios.
O caso agora aguarda o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), enquanto as investigações continuam para determinar o total dos prejuízos causados pelas ações da ex-sargento.