Paulista, Grande Recife – O que aparentava ser uma ONG com o propósito de amparar jovens em situação de vulnerabilidade, no município de Paulista, revelou-se um esquema sórdido de exploração sexual de adolescentes. A Polícia Civil de Pernambuco, após investigações conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia de Crimes contra a Criança e Adolescente e Atos Infracionais, desmantelou o esquema no último sábado (18) durante a Operação Pool Party.
A fachada dessa organização criminosa disfarçada de ONG, segundo informações obtidas durante a investigação, consistia em oferecer palestras, cursos e oficinas durante a semana, enquanto nos fins de semana, a realidade era outra. O presidente da ONG, responsável pelo aliciamento das adolescentes, cobrava ingressos de R$ 50,00 para “festinhas” que incluíam o consumo de bebidas alcoólicas, drogas e a exploração sexual de meninas seminuas.
Durante a operação, o presidente do centro de apoio e outras seis pessoas foram detidas. Três adolescentes, duas de 17 anos e uma de 14, também foram conduzidas à delegacia. A identidade do presidente da ONG não foi divulgada pela polícia, mas ele foi preso temporariamente e autuado em flagrante pelos crimes de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável e fornecimento de bebida alcoólica a adolescente.
Uma das adolescentes conduzidas à delegacia confirmou ser vítima de exploração sexual. Além disso, a investigação aponta indícios de que mulheres maiores de 18 anos também estariam se prostituindo no local.
A Prefeitura de Paulista, através da Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos, informou em nota à imprensa que não possui vínculo com a ONG. A defesa do presidente da entidade não foi encontrada para comentar o caso.