Família de delegada assassinada na Bahia critica divulgação de vídeo polêmico

Família da delegada assassinada na Bahia critica a divulgação de vídeo de sua discussão com o agressor, considerando-a uma "dupla violência" e mancha na imagem da vítima.

Foto: Reprodução / Redes Sociais

A família da delegada Patrícia Neves Aires Jackes, que foi assassinada por seu parceiro, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, manifestou sua insatisfação com a divulgação de um vídeo que mostra uma discussão entre os dois. Para os familiares, a exibição do material representa uma “dupla violência”, pois, além de reviver o trauma da perda, serve para deslegitimar a imagem da vítima diante da sociedade.

A nota divulgada pela assessoria jurídica da família destaca que o relacionamento de Patrícia com Tancredo era pautado por agressões, tanto físicas quanto verbais, evidenciadas por ocorrências registradas na polícia. No documento, a defesa da delegada também critica o uso da manipulação psicológica pelo agressor, que, segundo a família, tentou culpar Patrícia pela violência que sofreu.

Além disso, a família expressou indignação com a maneira como Tancredo tem tratado o caso após o crime, buscando, de acordo com eles, desacreditar a reputação de Patrícia mesmo após sua morte. Eles afirmam ter total confiança na investigação da Polícia Civil da Bahia, que está em andamento e pretende esclarecer todos os detalhes relacionados ao feminicídio.