Fraude no INSS: hackers causam prejuízo de R$ 1 bilhão e são alvos da Operação Lutcha

Na manhã desta terça-feira (16/5), a Polícia Federal (PF) iniciou a Operação Lutcha, com ações em São Paulo e Itaquaquecetuba (SP). O foco da operação é combater uma modalidade inédita de fraude previdenciária que culminou em um prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão.

A fraude, iniciada em 2022, envolve a instalação de dispositivos eletrônicos nas redes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esses dispositivos possibilitam o acesso remoto aos sistemas do INSS, bem como aos dados e senhas dos servidores, criando um canal para a concessão fraudulenta de benefícios previdenciários.

Inovação criminosa: Hackers e a fraude previdenciária

A investigação aponta que organizações criminosas estariam cooptando funcionários do INSS, que instalam esses dispositivos eletrônicos. A Agência da Previdência Social do Tatuapé, na zona leste da capital paulista, foi um dos locais onde ocorreram tais instalações.

A descoberta desta modalidade de fraude, sem precedentes na história do INSS, revela que pelo menos 22 mil segurados em todo o país foram afetados. Isso além do impacto bilionário nos cofres públicos.

Cooperação interagências

As investigações contaram com a cooperação do Núcleo de Inteligência da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e do próprio INSS.

Os suspeitos, inicialmente, responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa e corrupção passiva. A Operação Lutcha reforça a necessidade de medidas robustas de segurança cibernética, além de uma constante vigilância para prevenir futuras invasões e proteger os segurados do INSS.