Salvador – A Polícia Civil da Bahia (PC-BA) investiga uma denúncia grave: uma administradora, de 43 anos, acusa o ginecologista Elziro Gonçalves de Oliveira, 71, de assédio sexual. A acusação é referente a uma consulta realizada no centro médico do Casseb, há cerca de um mês.
A mulher buscou o centro médico devido a dores provenientes de uma infecção urinária. Embora desejasse ser atendida por um urologista, uma indisponibilidade a direcionou ao ginecologista Oliveira. Durante a consulta, ela esperava apenas um medicamento para sua infecção. Entretanto, surpreendeu-se com a sugestão do médico para um exame preventivo.
Durante o atendimento, a paciente esperava apenas a prescrição de medicamentos, dado que possuía um laudo confirmatório da infecção. No entanto, Oliveira sugeriu um exame preventivo. “Eu me pego lembrando disso, quando vou para o banho”, confidenciou a mulher, que descreveu momentos de constrangimento quando o médico teria tocado inapropriadamente seu corpo e feito perguntas intrusivas sem o uso de luvas ou máscaras.
Em defesa, o ginecologista, que atua há 30 anos na unidade, negou todas as acusações. “Não houve nada do que a paciente está alegando”, afirmou. Posteriormente, Oliveira foi afastado do atendimento no Casseb e viajou para outro estado.
Enquanto isso, o Conselho Regional de Medicina (Cremeb) informou, por meio de nota, que o caso é tratado com sigilo. Caso as denúncias se confirmem, as sanções ao profissional podem variar desde uma advertência até a cassação de seu direito de exercício.
A direção do Casseb ressaltou que convidou a denunciante para prestar depoimento em três ocasiões, contudo, todos os convites foram recusados. A investigação segue em curso e depende do testemunho da paciente para prosseguir.