Maria Natália, de 28 anos, grávida de nove meses, viveu momentos de terror ao ser sequestrada e torturada por cerca de 12 horas pela própria amiga, Jéssica Carla Tenório de Amorim, de 24 anos, no município de Limoeiro, no Agreste de Pernambuco. A suspeita foi presa em flagrante pouco depois da libertação da vítima e responderá por lesão corporal, tortura e sequestro.
Segundo relatos registrados no boletim de ocorrência, Jéssica teria premeditado o ataque, convidando Maria Natália sob o pretexto de entregar um presente de enxoval. Maria Natália foi até a residência da amiga, sem suspeitar de suas intenções, e lá foi rendida e agredida. Durante as agressões, a vítima foi golpeada com faca e martelo e sofreu lesões na cabeça, pescoço, barriga e braço. Em um relato ainda mais assustador, testemunhas afirmaram que Jéssica chegou a pular várias vezes sobre a barriga de Maria Natália, numa tentativa de matar o bebê.
A situação foi marcada por crueldade extrema. De acordo com depoimentos, Jéssica teria dito a Maria Natália que pretendia “matá-la devagar” e que iria retirar o bebê enquanto ela ainda estivesse consciente, fazendo questão de que a vítima assistisse à cena. Para manter a situação em segredo, Jéssica usou o celular da amiga para enviar mensagens à mãe de Maria Natália, procurando evitar que a família desconfiasse do desaparecimento da vítima.
O fim do sequestro e das agressões só aconteceu quando o marido e o sogro de Jéssica chegaram à residência e forçaram a entrada ao suspeitar que algo estava errado. Eles conseguiram resgatar Maria Natália, que foi encaminhada ao Hospital Agamenon Magalhães, em Recife. A vítima recebeu alta na tarde de quinta-feira (13), e, felizmente, não foi necessário um parto de emergência, pois mãe e bebê passam bem e estão em recuperação.
Após ser presa, Jéssica foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor, na Zona Oeste do Recife, onde aguarda julgamento sob custódia. Em entrevista à TV Guararapes, Maria Natália descreveu o acontecido como um “milagre de Deus”, mencionando que, se não fosse pelo resgate, poderia estar morta e sem seu bebê.