A conhecida ativista climática Greta Thunberg foi presa em duas ocasiões pela polícia na Holanda, no sábado, durante um protesto na cidade de Haia. O protesto era uma manifestação contra os subsídios dados aos combustíveis fósseis. Thunberg, junto com outros ativistas, participava da ação organizada pelo grupo Extinction Rebellion, conforme informou Rozermarijn van’t Einde, porta-voz do grupo.
O protesto levou Thunberg e centenas de manifestantes a marcharem do centro de Haia até um campo próximo à autoestrada A12. No entanto, a tentativa de invadir a estrada foi impedida por um grande número de policiais, incluindo alguns montados a cavalo. Os manifestantes, que portavam banners e cartazes com mensagens contra os subsídios aos combustíveis e alertas sobre a crise climática, foram confrontados por um muro de policiais.
Confronto e prisões
Durante o protesto, mais de 400 pessoas acabaram sendo presas pela polícia. Thunberg foi detida primeiro durante a manifestação e, após ser liberada, juntou-se novamente ao protesto, onde foi presa pela segunda vez por bloquear o tráfego em um cruzamento importante da cidade. Apesar das prisões, até o momento, nenhum manifestante foi formalmente acusado, segundo Vincent Veenman, porta-voz do Ministério Público.
A ativista, que ganhou fama mundial por suas greves escolares iniciadas aos 15 anos em prol do clima, destacou a importância de protestar. “Vivemos em um estado de emergência planetária”, disse Thunberg à AFP antes de ser detida pela primeira vez. Ela enfatizou a necessidade de ações para evitar a crise climática e salvar vidas. Segundo Thunberg, sua prisão ocorreu “com calma”.
No mesmo dia, um grupo de manifestantes conseguiu encontrar outro caminho e bloqueou uma via próxima à autoestrada, aumentando a tensão entre os ativistas e as forças de segurança. Este ato reforçou a determinação dos envolvidos no protesto de Haia contra os subsídios aos combustíveis fósseis, ressaltando a urgência da causa ambiental.