Grupo promete reza a idosos doentes na Bahia e aplica golpes financeiros; homem teve R$ 15 mil roubados

Um grupo criminoso está aplicando golpes financeiros em idosos de Salvador, ao oferecerem orações para ajudar pessoas que estão doentes. De acordo com Nilton José, titular da Delegacia do Idoso, de março até este mês de abril, oito casos do mesmo golpe foram registrados na unidade.

De acordo com a polícia, os criminosos agem da mesma forma com todas as vítimas. Eles abordam o idoso dentro de uma agência bancária, os convence a pessoa a sair da unidade e encontrar um suposto “rezador” que poderá ajudar com problemas de saúde. A partir daí, os bandidos estabelecem um vínculo de confiança com as vítimas e aproveitam para roubar dinheiro.

Entre as vítimas dos criminosos está o aposentado José Rodrigues, de 78 anos. Ele contou que teve R$ 15 mil roubados em 2018. Os criminosos conseguiram ter acesso a dois cartões cedidos por ele mesmo, acreditando que os suspeitos iriam fazer uma oração com os cartões. No momento da reza, quando o idoso fechou os olhos, os golpistas trocaram o cartão e ainda conseguiram ter acesso as senhas.

José Rodrigues contou que estava passeando pelo bairro de São Caetano, em Salvador, quando um desconhecido falou com ele no meio da rua. O homem, segundo a vítima, sabia o nome do aposentado e disse que era filho de um grande amigo de José. O golpista ainda falou sobre uma dor que José sente na mão, sequela de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Diante de tantas informações, ficou fácil para o criminoso convencer a vítima ir até um carro, para conhecer um suposto rezador que poderia curar a dor da mão do aposentado.

Após uma conversa, os criminosos ainda convenceram José a levá-los até a casa dele, no bairro de Pirajá. No imóvel, o idoso pegou dois cartões de bancos diferentes e entregou para o bandido que dizia que iria fazer uma oração nos cartões.

Enquanto José estava de olhos fechados, em oração, um dos criminosos trocou os cartões e colocou dentro de um envelope. Além disso, as senhas estavam anotadas no próprio cartão, hábito do aposentado pra não esquecer os números. O prejuízo de R$ 15 mil ocorreu entre saques, compras e empréstimos. O caso foi registrado na Delegacia do Idoso, em dezembro do ano passado.