Homem diz que agrediu congolês para ‘extravasar raiva’ e não tinha intenção de matá-lo 

Aleson Cristiano de Oliveira de 27 anos, um dos presos pela morte do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, disse em depoimento à Polícia do Rio que agrediu a vítima para ‘extravasar a raiva’ e que não tinha intenção de matar o jovem.

Moïse era imigrante e foi espancado até a morte, de forma brutal, no último dia (24), no Quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, após cobrar R$ 200,00 por duas diárias de trabalho não pagas. De acordo com as investigações, a vítima foi espancada por cerca de 15 minutos e levou, ao menos, 30 golpes entre pauladas e bastões.

Aleson, que trabalha como cozinheiro ao lado do quiosque onde ocorreu o crime, aparece nas imagens de uma câmera de segurança agredindo o congolês com um bastão. À polícia, ele disse que a vítima estava “perturbando há alguns dias” e que a agrediu para “extravasar a raiva”.

No depoimento, Aleson reconheceu que “exagerou” nas agressões e disse que ligou para o Samu para que a vítima fosse socorrida.

Além de Aleson, foram presos nesta terça-feira (1º) Brendon Alexander Luz da Silva, o “Totta”, e Fábio Pirineus da Silva, o “Belo”. Eles vão responder por homicídio duplamente qualificado.