Kássio Fernando dos Santos Ragazzi, de 36 anos, foi preso na última terça-feira (30/7) em Belo Horizonte, Minas Gerais, suspeito de estuprar sua ex-namorada e tentar arrancar seu útero com as mãos. O ataque ocorreu no bairro Jardim Felicidade, durante a madrugada.
A vítima, uma jovem de 22 anos que vive com sua filha de três anos, ligou para a mãe em desespero, relatando a agressão e pedindo ajuda. Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a jovem chorava muito durante a ligação e dizia que estava sangrando muito. A mãe da vítima foi até a casa da filha e a levou imediatamente ao hospital Risoleta Tolentino Neves, onde a jovem precisou passar por cirurgia de reconstrução do canal vaginal.
Enquanto estava no hospital, a vítima deu seu depoimento à polícia. O tenente da PM Nikolas Brandhuber afirmou que a jovem não soube explicar como o ex-namorado entrou em sua casa. “Sabemos que ele pulou o muro, mas se ele tinha uma chave, se ele não tinha, se ele arrombou, realmente ela não soube nos explicar isso. Ela acordou com ele tentando reatar o namoro por volta de duas a três horas da manhã”, relatou o tenente.
Com base nas informações fornecidas, a polícia conseguiu localizar e prender Kássio Ragazzi no bairro União. Durante a prisão, que ocorreu sem resistência, foram encontradas três facas no veículo do suspeito. Kássio negou o crime.
Kássio e a jovem tinham um relacionamento de dois anos, que terminou há cerca de 15 dias. Nesse período, ele já havia invadido a residência da ex em outras três ocasiões e tentado forçar relações sexuais com a vítima. Na última invasão, ele a agrediu com socos, mordidas, jogou-a contra a parede e a derrubou com uma rasteira. A ameaça da jovem de chamar a polícia e pedir uma medida protetiva pareceu aumentar ainda mais a raiva do agressor. Conforme relatado, o homem abusou sexualmente da vítima e tentou arrancar o útero dela com as próprias mãos..
Na manhã de quinta-feira, 1º de agosto, Kássio passou por audiência de custódia e teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) segue investigando o caso.