Pedro Henrique da Silva Ferreira, de 31 anos, conhecido como “Pedrão”, morreu após participar de uma sequência de apostas envolvendo o consumo de bebidas alcoólicas. O caso foi registrado na manhã do último domingo (24), em um bar localizado no Jardim Alexandrina, em Anápolis.
De acordo com o relato do proprietário do bar, Pedro e um amigo, ambos de 31 anos, estavam no local na noite anterior consumindo bebidas e iniciaram uma série de apostas. Em um dos desafios, Pedro ingeriu um copo americano de cachaça e ganhou R$ 200. Animado com o resultado, aceitou o desafio de consumir uma garrafa inteira de cachaça 51, que lhe renderia R$ 800 caso fosse concluído.
Pedro conseguiu beber apenas parte da garrafa e, ao não conseguir prosseguir, foi colocado para descansar em um sofá pelo proprietário do bar, que fechou o estabelecimento e foi dormir. Na manhã seguinte, Pedro foi encontrado caído no chão, sem sinais vitais, apresentando uma lesão na cabeça.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado por volta das 9h30. De acordo com a equipe, foi relatado que Pedro apresentava sinais de embriaguez. Uma unidade de suporte avançado foi enviada ao local, mas constatou o óbito. A Polícia Militar isolou a área até a chegada da Polícia Científica e da Delegacia de Homicídios, que realizaram a perícia inicial.
Testemunhas afirmaram que Pedro mencionou as apostas para amigos antes de retornar ao bar, mesmo sendo desaconselhado. O amigo que participou dos desafios confirmou a história e declarou que a ideia teria partido de Pedro. Após prestar depoimento, ele foi liberado.
O corpo de Pedro foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será investigada a causa da morte. O sepultamento ocorreu na manhã de segunda-feira (25) no Cemitério Parque, em Anápolis.
O delegado Cleiton Lobo, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), informou que, caso seja comprovado que a ingestão excessiva de bebida foi a causa da morte, o amigo poderá ser indiciado. “Se houver indiciamento, será por conduta imprudente, uma vez que a morte não ocorreu por dolo”, explicou o delegado.