Três homens estão sendo apontados pela Polícia Civil como autores do atentado a bala que resultou na morte de duas pessoas e deixou outra ferida, na manhã desta quarta-feira (20), na Avenida Ubaldo Malta, centro da cidade de Mata Grande. Os acusados foram identificados como Maciel Leite de Oliveira, Danilo de Oliveira da Silva e José Degenário de Oliveira.
Eles são integrantes de uma empresa clandestina de vigilância, no povoado Morro Vermelho, zona rural do município. A intenção deles seria assassinar José Erivânio dos Santos da Silva, 22, e o irmão, um adolescente de 16 anos, com quem trocaram tiros, no último sábado, durante uma festa de vaquejada, no povoado Placa de Guilé. Na ocasião, uma menina de 11 anos foi atingida nas costas por uma bala perdida.
Desde o ocorrido, os irmãos vinham sendo jurados de morte por Maciel, Danilo e José Degenário. Os dois estavam comemorando o aniversário de um deles, dentro de um bar, quando foram alvejados com vários disparos de arma de fogo, que teriam sido efetuados pelo passageiro de uma motocicleta de características não divulgadas e outra pessoa que estaria a pé. José Erivânio morreu na hora e o adolescente ficou gravemente ferido.
Durante o atentado, o agricultor Elias Pedro de Oliveira, 53, morador do Sítio Gato, foi atingido com duas balas perdidas e morreu na hora. Ele estava passando próximo ao local, quando começou o tiroteio. Pouco tempo depois do atentado, equipes das polícias Civil e Militar saíram à procura dos acusados e passaram quase todo o dia em diligências pelo município.
Durante a tarde, Alan da Silva foi preso, na sede da empresa clandestina de vigilância, pertencente a Genivaldo Oliveira, que é morador de Delmiro Gouveia e tinha os acusados do atentado como funcionários. Alan foi encontrado com duas espingardas dos calibres 12 e 16, com vários cartuchos intactos e outros deflagrados.
Segundo o delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti, titular da Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP), sediada em Delmiro Gouveia, todos os integrantes da referida empresa clandestina andavam armados no povoado e cobravam uma quantia em dinheiro dos moradores.
Ainda de acordo com o delegado, o preso foi levado para a 1ª-DRP, onde foi atuado em flagrante delito pelos crimes de formação de quadrilha e posse ilegal de armas de fogo. Além desses crimes, pelos quais está recluso a disposição da Justiça, ele também é suspeito de ter participado do atentado, junto com os comparsas que estão foragidos.
Rodrigo Cavalcanti adiantou que os irmãos que sofreram o atentado são responsáveis por vários crimes no município, inclusive os dois já estavam sendo representados na Justiça pela delegada distrital Gracielly Marques. Conforme o delegado, o que sobreviveu ao atentado passou por cirurgia no hospital regional de Santana do Ipanema e estaria fora do risco de morte.
Os trabalhos policiais foram coordenados pessoalmente pela delegada Gracielly Marques, delegado Rodrigo Cavalcanti e tenente-coronel Joaz Fontes, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Equipes das polícias Civil e Militar de Mata Grande, Inhapi, Canapi e Delmiro Gouveia participaram da ação.
Sobre o caso da menina baleada nas costas, no último sábado, a reportagem apurou que ela passou por cirurgia e se recupera sem risco de morte.