O incêndio que resultou na morte de Luiz Evaldo Lima, Graciane Rosa de Oliveira e do filho do casal, Leo Oliveira de Lima, aconteceu durante um serviço de impermeabilização de sofá no apartamento onde a família morava, no sétimo andar do Bloco E do residencial Parque das Árvores, em Valparaíso de Goiás. O delegado Bruno Van Kuyk, responsável pelo caso, informou que a Polícia Civil investiga se houve algum acidente no processo de impermeabilização que poderia ter causado o incêndio.
“Estamos analisando se ocorreu um vazamento de substância inflamável ou defeito no equipamento usado pelo técnico. Nossa função é esclarecer se houve negligência, imprudência ou imperícia que possam ter contribuído para essa tragédia”, explicou Van Kuyk. O incêndio, que começou por volta das 10h30 da manhã de terça-feira (27), foi seguido por uma explosão que abalou o edifício, conforme relataram testemunhas.
A Polícia Científica foi acionada para investigar a origem do incêndio e elaborar um laudo técnico. “O laudo, juntamente com os testemunhos, será fundamental para entendermos a causa do fogo e a sequência dos acontecimentos”, disse o delegado.
As vítimas pularam da varanda do apartamento na tentativa de escapar das chamas, mas morreram devido ao politraumatismo causado pela queda. Ricardo Matos, superintendente da Polícia Científica de Goiás, esclareceu que não havia fuligem nas vias respiratórias das vítimas, o que indica que elas não inalaram fumaça antes da queda. “Esses resultados são consistentes com os relatos de que a família estava em desespero e tentou se salvar ao pular”, comentou Matos.
Além da família, duas outras pessoas estavam no apartamento e foram resgatadas com vida, entre elas a mãe de Graciane e o técnico responsável pela impermeabilização. O Corpo de Bombeiros de Goiás informou que o Bloco E foi completamente evacuado e que 12 pessoas ficaram feridas, sem informações atualizadas sobre o estado de saúde delas até o momento. A cadela da família também morreu ao cair do prédio junto com os donos.
Felipe Ferreira, um dos moradores do prédio, contou que sentiu o prédio tremer antes de ouvir gritos de pânico. “A situação foi desesperadora. Todos estavam tentando sair do prédio o mais rápido possível”, disse Felipe.