O influenciador Igor Viana, atualmente detido e sob investigação por desviar doações destinadas à sua filha com paralisia cerebral, declarou que não se arrepende de suas ações e que repetiria tudo novamente se necessário. A delegada Aline Lopes, responsável pelo caso, forneceu essas informações.
Além de desviar fundos destinados à pessoa com deficiência, o que é considerado crime, Igor também fazia piadas e brincadeiras inadequadas com a filha de 2 anos, atos que também configuram crime. Segundo a delegada Aline, Igor afirmou que suas declarações eram apenas ironias para aumentar seu engajamento nas redes sociais. Ele foi preso pela Polícia Civil em Goiânia na última sexta-feira (2/8).
“Ele não admitiu nada, não demonstrou qualquer tipo de arrependimento e disse que faria tudo novamente”, relatou a delegada. No momento da prisão, Igor estava em uma kitnet universitária no Setor Jardim Goiás. De acordo com a polícia, ele estava nesse local há cerca de 15 dias, mas frequentemente mudava de lugar, alternando entre aluguéis temporários e estadias em hotéis.
“Ele saiu de Anápolis e estava se mudando constantemente de um apartamento para outro, de motel para hotel, e utilizando aplicativos para alugar apartamentos. Ele praticamente pedia comida por aplicativo todos os dias”, detalhou a delegada.
Para a polícia, Igor justificou sua mudança de Anápolis para a kitnet em Goiânia afirmando que se sentia ameaçado na cidade. Igor e a mãe da criança, Ana Vitória, estão sendo investigados pelos crimes de estelionato, desvio de proventos de pessoa deficiente, discriminação de pessoa com deficiência, constrangimento de criança e maus-tratos. A criança está sob os cuidados da avó paterna.
A investigação da Polícia Civil revelou ainda mais atrocidades cometidas contra a menina. Igor a alimentava de forma inadequada propositalmente para filmar a pequena se engasgando, usando esses vídeos para gerar conteúdo nas redes sociais, principal meio pelo qual ele obtinha as doações que deveriam ser destinadas aos cuidados dela, mas que eram usadas em benefício próprio.