A polêmica envolvendo o caso da cantora gospel Sara Mariano ganhou novos contornos esta semana em Dias D’Ávila. A defesa da família de Sara, que foi vítima de um homicídio supostamente perpetrado por seu marido, Ederlan Santos Mariano, desafiou a credibilidade de uma carta apresentada à justiça, supostamente escrita pela filha de 11 anos do casal.
O documento em foco foi exposto como evidência pela defesa do acusado, no intuito de oferecer uma nova perspectiva sobre o caso. No entanto, a autenticidade da carta é agora motivo de disputa legal. A advogada Sarah Barros, representando a família de Sara, questiona se a narrativa apresentada no documento reflete a real vontade e as palavras da menor.
Em contraponto ao conteúdo da carta, Barros trouxe à tona um áudio gravado pela criança. “A voz da menor demonstra saudades da avó materna e preocupação com o sumiço da mãe, o que se contrapõe ao suposto conteúdo da carta”, declarou a advogada. Este áudio levanta questões sobre o estado emocional da criança e a sua verdadeira percepção dos eventos.
Barros defende a necessidade de uma oitiva especial para que a menor possa expressar sua vontade diante de uma equipe técnica, garantindo que a verdadeira voz da criança seja ouvida sem influências externas. A defesa argumenta que o ambiente onde a criança se encontra e as informações que lhe são transmitidas precisam ser escrutinados.
O debate sobre o bem-estar da filha é intensificado pelo histórico de violência doméstica e pelo assassinato cruel de Sara. “É imprescindível entender o ambiente familiar anterior e pós-evento traumático para avaliar as necessidades da menor”, ressalta Barros.
Diante da situação complexa, a posição da advogada é clara: a filha da cantora não deveria permanecer sob os cuidados da família do acusado. Enquanto isso, Ederlan Mariano foi removido para o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, onde aguarda os procedimentos legais sob custódia temporária.
O caso continua sob investigação e os próximos passos da justiça são aguardados com expectativa, especialmente no que tange à custódia e ao estado psicológico da menor envolvida.