Uma investigação da Polícia Federal indica que a facção criminosa Comando Vermelho está financiando uma rede de apoio para dois detentos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 14 de fevereiro. A rede fornece aos fugitivos suporte em áreas rurais, incluindo alimentação, bebidas, transporte e possivelmente armas de fogo.
Os fugitivos teriam estabelecido contato com membros do Comando Vermelho e familiares em 16 de fevereiro, após fazerem uma família refém na zona rural de Mossoró e obterem celulares. Um homem residente em Mossoró, suspeito de fazer parte da facção e com antecedentes criminais, é acusado de resgatar os detentos e levá-los até as proximidades de Baraúna. Ele foi preso em 21 de fevereiro, acusado de receber R$ 4.500 pelo auxílio.
Investigações sugerem que o homem viajou até Aquiraz, no Ceará, para adquirir armamentos possivelmente destinados aos fugitivos, antes de retornar a Mossoró. Ele não teria agido sozinho, contando com a ajuda de outras pessoas, incluindo o mecânico Ronaildo Fernandes, que teria transportado e fornecido suporte aos fugitivos entre Mossoró e Baraúna, recebendo R$ 5.000 do Comando Vermelho.
Até o momento, seis pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento na rede de apoio aos detentos. Um homem foi preso em Fortaleza, Ceará, sob a suspeita de prestar assistência aos fugitivos. A polícia acredita que os detentos continuam recebendo ajuda externa e permanecem no Rio Grande do Norte.
As buscas pelos fugitivos, envolvendo cerca de 600 policiais, incluindo membros da Força Nacional, estão em andamento há 16 dias, com o uso de helicópteros e drones. As operações se concentram em áreas de difícil acesso, incluindo cavernas e matas densas, desafiando os esforços de busca.