Cambé, PR – Na noite de terça-feira (20/6), o jovem de 21 anos, autor do ataque ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Norte do Paraná, foi encontrado morto em sua cela na Casa de Custódia de Londrina. As informações indicam que ele cometeu suicídio.
A sequência trágica de eventos no Colégio Helena Kolody
Na manhã de segunda-feira (19/6), um ataque à escola assustou a comunidade local. Luan Augusto, de 16 anos, e sua namorada, Karoline Alves, 17 anos, foram atingidos na cabeça por tiros disparados pelo atirador, um ex-aluno do colégio que entrou na escola sob o pretexto de solicitar seu histórico escolar.
Luan foi levado em estado grave para o Hospital Universitário de Londrina, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na madrugada de terça-feira (20/6). A família do jovem decidiu pela doação de seus órgãos.
Comoção na comunidade e suspensão das atividades escolares
A morte do casal de estudantes, que namorava há pouco mais de um ano e era conhecido por sua profunda religiosidade, provocou intensa comoção entre internautas. Em consequência do ataque, as aulas no Colégio Helena Kolody e em outras escolas estaduais de Cambé foram suspensas até a próxima semana.
Relatos de testemunhas adicionam um tom ainda mais sombrio à situação. Uma estudante que presenciou o ataque contou que o atirador ameaçou todos os presentes dizendo: “Todo mundo vai morrer aqui dentro”. Ele chegou a apontar a arma para a estudante e outras cinco amigas, que conseguiram fugir enquanto o agressor continuava a atirar.
O contexto dos ataques escolares no Brasil
Este caso eleva para 25 o número de ataques a escolas registrados no Brasil nos últimos 20 anos, com um total de 139 vítimas, segundo o Instituto Sou da Paz. Destas, 46 pessoas perderam a vida e 93 ficaram feridas. O estado de São Paulo lidera essas estatísticas.
O trágico evento ressalta a urgência de políticas de segurança mais efetivas nas escolas, bem como a importância de identificar e tratar problemas de saúde mental que podem estar na origem de tais atos de violência. As investigações sobre o ocorrido prosseguem.